sábado, 4 de junho de 2011
Casamentos
Estou exercendo a atribuição designada ao Juiz de Paz aonde moro - estou celebrando os casamentos civis.
Atualmente, é uma das coisas de que mais gosto de fazer. Nunca imaginei que fosse ter essa sensação. No início, tive receio e pensei em refutar essa atribuição mas, depois do primeiro casamento, não quero mais deixar de fazê-los.
Nada muito demorado... uma cerimônia simples... algumas poucas palavras (imagine se o Fidel Castro fosse Juiz de Paz...).
O que me atrai e me dá satisfação é o momento em si: casais, testemunhas e acompanhantes felizes. Fotógrafos a postos. Por vezes filmam também. É um momento em que a alegria nas pessoas é algo quase palpável. Chega a ser contagioso. Sempre reparo nas mãos dos celebrantes quando estão assinando o termo... em geral, estão tremendo. A minha também tremeu na primeira celebração que fiz.
Quando soube da designação fiquei com dúvida sobre o que dizer neste momento. Já estive em casamentos civis mas não tive a atenção necessária para lembrar sobre o quê os Juízes de Paz discursavam naquele momento.
Assisti a uma celebração do meu antecessor e a gravei. Com base nisso, acrescentei algumas coisas que acho importantes e fiz um roteiro que utilizo com variações.
Acredito que uma cerimônia de casamento civil exitosa é aquela em que se fala o essencial, com o cuidado de não ser muito frio/ técnico, nem muito piegas. Procuro falar o que eu gostaria de ouvir em meu casamento civil.
Outra coisa interessante é encontrar os casais pela cidade alguns dias após fazer o casamento. Impossível não sorrir e dar aquele cumprimento de satisfação.
Por ironia do destino, atuo em uma vara judicial com processos de família. Não raro, temos processos de divórcio... os dois lados da moeda! ;-)
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