segunda-feira, 26 de setembro de 2022

O cavalo de Tróia chamado Alckmin.


Nunca entendi o convite do partido dos trabalhadores para que Geraldo Alckmin figurasse como vice na chapa atual. Também não compreendo a aceitação do dito cujo. Foram 33 anos de PSDB em debates renhidos com candidaturas de esquerda no governo de São Paulo e pela Presidência da República. Agora, Geraldo Alckmin 'vemelhou no curral'.

Acredito que mesmo na política deve haver certos limites éticos para determinado tipo de aliança. Se fosse matemática eu explicaria assim: Lula está para Alckmin assim como o partido NOVO está para o PCdoB. Não dá! São incompatíveis!

Reinaldo Azevedo é um articulista que já publicou em vários jornais e periódicos do naipe do UOL, Folha e Veja. Foi o cunhador do termo 'petralha', tão propalado hoje nas bocas dos eleitores da situação. Pois bem, este mesmo jornalista, em seus vídeos mais recentes, não esconde a sua predileção e porque não dizer torcida, pela vitória de Lula. Estranho!

Miguel Reale Jr., jurista, que juntamente com Hélio Bicudo e Janaina Paschoal, protocolou na Câmara dos Deputados o pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, agora 'LULOU'!

Após a formalização da chapa Lula-Alckmin, observa-se um movimento muito incomum envolvendo jornalistas, empresários, formadores de opinião e gente do setor financeiro, todos aderindo à campanha de Lula nessas eleições.

O que justificaria tal aliança? Somente a ojeriza ao atual Presidente? Não creio!

É aí que entra a minha teoria da conspiração.

Lula não governará!

Primeiro: ainda que vença as eleições, terá um país rachado (como ele queria) e uma oposição forte, com um centrão ávido por continuar com as benesses instituídas pelo atual PR.

Segundo: podemos dizer tudo de Lula, menos que ele não é inteligente. Ele não sabe o que fazer para que o país volte a crescer e se desenvolver. Perdeu a mão. Provavelmente não haverá uma nova onda de supervalorização de comodities para que o caixa da União se encha de dólares. Lula poderá ajudar em 2023 da mesma forma que ajudou o governo de sua indicada Dilma nos anos de 2012, 2013 e 2014, quando a economia fraquejava – ou seja, NÃO PODERÁ FAZER NADA.

Terceiro: Lula possui processos suspensos na Justiça que poderão voltar a tramitar. Considerando que ele provavelmente chamará para o governo corruptos notórios que já o apoiam, outros processos/CPIs podem surgir, trazendo problemas de governabilidade.

Quarto: a imprensa que o apoia agora, foi a mesma imprensa que passou dois anos demonizando-o diariamente, divulgando o desenrolar da malcinada operação Lava Jato. E os editoriais da nossa imprensa 'isenta' mudam conforme os interesses de seus patrocinadores do mercado financeiro. Lula será útil para tirar Bolsonaro, e só!

Lula sabe que poderá destruir de vez sua imagem se fizer um governo desastroso. Ele não poderá passar 4 anos culpando uma eventual herança maldita do governo anterior. A saída, caso vença as eleições, será 'dar uma de Neymar': sair do jogo de forma abrupta. Não sei se por motivo de saúde, ou se através do Congresso ou STF, mas Lula não finalizará o mandato. Então, quem chegará para nos salvar? Ele, o nosso cavalo de Tróia, GERALDO ALCKMIN, querido pelos banqueiros e pelo sistema financeiro.

É o que penso, por isso torço para que algum outro seja eleito: Tebet, Ciro ou Thronick.

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